De acordo com as empresas de segurança G DATA e Sophos, foram detectadas aproximadamente 3 milhões de amostras de malware para Android só em 2017. O total contabilizado por essas empresas, até 2017, passava de 10 milhões. Não existem ainda dados finalizados para 2018 — esses números devem sair só no ano que vem.
Muitos desses “vírus”, porém, são apenas pequenas variações de um mesmo núcleo lógico ou operacional. Ou seja, não são vírus realmente novos. No conjunto do “Android Malware Dataset”, que foi montado e categorizado para fins acadêmicos, constam 24,5 mil amostras que pertencem a apenas 71 “famílias” (linhagens realmente distintas de códigos maliciosos).
A maioria desses códigos também está fora do Google Play: segundo a G DATA, 700 mil aplicativos maliciosos foram cadastrados no Google Play em 2017 — o que significa que pelo menos 2,3 milhões de amostras foram disseminadas fora da loja.
O último relatório de segurança do Google afirma que apenas 0,08% dos aparelhos com Android que instalam aplicativos exclusivamente através do Google Play tinham algum programa potencialmente indesejado instalado nos três primeiros trimestres de 2018.
Para iOS, o número de vírus existentes é insignificante. Não há dados estatísticos compilados, já que os casos são mesmo muito pontuais. O “iPhone Wiki” resume em: 16 casos de malware (muitos afetando apenas usuários com “jailbreak”), 8 softwares de espionagem policial, 6 programas de ataque desenvolvidos para fins acadêmicos e 15 programas comerciais de espionagem.
No entanto, um único vírus, detectado em 2015, chamado de “XCodeGhost”, contaminou cerca de quatro mil aplicativos da App Store oficial, deixando milhões de pessoas com telefones contaminados.
Quem realiza “jailbreak” e instala aplicativos fora da App Store corre mais risco de sofrer com pragas digitais, mas nesse caso trata-se de uma pessoa que decidiu correr o risco usando o aparelho fora da configuração recomendada pela fabricante.
Fonte: G1/Tecnologia